As trombofilias que são patologias que facilitariam a trombose (TVP – trombose venosa profunda ou AVC – acidente vascular cerebral) são divididas em:

ADQUIRIDAS:

Síndrome anti-fosfolípide (SAF) cujos exames diagnósticos seriam: anticoagulante lúpico, anti-cardiolipinas, anti-fosfolípides e anti-beta2-glicoproteina.

HEREDITÁRIAS:

Diagnosticadas usando os exames: Fator V de Leiden, Mutações da Metilenotetraidrofolato redutase (MTHFR) e mutações genéticas da Protrombina.

A associação da síndrome anti-fosfolípide com abortos de repetição tem levado os médicos a pensar que outras trombofilias hereditárias poderiam estar associadas a falhas de FIV e abortos de repetição.

Esta associação das trombofilias hereditárias não foi confirmada até a data e diversas sociedades internacionais de reprodução humana como a americana e europeia desaconselham o uso destes exames na pesquisa por fatores de falhas de FIV e abortos de repetição.

A única exceção seria no caso da mulher ter histórico pessoal de trombose ou de um familiar muito próximo.

Ainda, apesar da sabida associação da síndrome anti-fosfolílide com abortos de repetição, não existem evidencias de que também esteja associada a falhas de FIV.

Em conclusão, os exames para trombofilias não estão indicados para casos de falhas de FIV e somente a pesquisa para síndrome anti-fosfolípide estaria indicado para abortos de repetição.

O tratamento com heparina e aspirina (AAS) só está indicado para abortos de repetição em presença de síndrome anti-fosfolípide.

Muito importante, nenhuma trombofilia está associada a infertilidade. Assim, não há nenhuma justificativa para pedir exames de qualquer trombofilia em casos de infertilidade.