Tenho 44 anos, sou advogada e professora universitária. Após tentar engravidar naturalmente por aproximadamente dois anos e meio, no ano de 2005 resolvemos solicitar ao meu GO encaminhamento à clínica de reprodução assistida.
Indicaram a nós o Instituto de Reprodução Humana, mais especificamente o Dr. Faúndes.
Antes de procurar a clínica, fiz alguns exames e descobrimos que tenho a Síndrome de Hashimoto (hipotireoidismo) e que ela poderia estar causando nossa infertilidade.
Fui então ao endócrino e estabilizei o problema. De posse de meus exames procuramos, então, a clínica.
Após a primeira consulta, meu marido fez o espermograma, que não apresentou qualquer problema, e ambos fizemos todos os exames de praxe que se deve fazer a cada seis meses quando se pretende engravidar.
Como já contava com 41 anos à época e não queríamos correr riscos de anomalias genéticas nos embriões, optamos pela ovorecepção. Opção inclusive que aumentaria as chances de êxito nas primeiras tentativas.
Existiam nove doadoras compatíveis em fenótipo e tipo sanguíneo. Dentre elas, escolhemos a de fenótipo mais similar e que contava com uma vantagem ímpar: ter 21 anos!
As chances de gravidez, utilizando os óvulos de uma doadora tão jovem, me eram favoráveis, posto que os óvulos teriam a mesma idade da doadora, e não a minha.
Auxiliei economicamente o tratamento da doadora até a retirada dos óvulos, arcando com os mesmos gastos que teria se utilizasse óvulos próprios.
A mim foram destinados 16 óvulos, sendo que, destes, sete se desenvolveram bem. No dia da transferência (3º dia da fecundação), Dr. Faúndes propôs que transferíssemos três deles, com o que meu marido concordou prontamente!
Discordei e meu marido perguntou ao médico quais seriam as chances de trigêmeos, caso transferíssemos três. Ele respondeu que menos de 5%. Mesmo assim, foram transferidos apenas dois pré-embriões.
Eu tinha certeza que daria certo na primeira, mas mesmo assim congelamos os demais.
R. R. S.